bovinocultura

Você também gosta daquela picanha na brasa?

Neste conteúdo vamos abordar alguns pontos da cadeia da bovinocultura de corte e mostrar o tamanho e a força desta cadeia que ajuda nosso país a se tornar cada vez mais produtivo. 

São grandes áreas da cadeia com informações pontuais e atuais que, quando juntas, conseguem mostrar o cenário atual da pecuária bovina.

BOVINOCULTURA NO BRASIL

O Brasil conta com um rebanho bovino de 224,6 milhões de cabeças. Os dados são referentes a 2021 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a 2020, o crescimento foi de 3,1%, ultrapassando o recorde anterior, de 218,2 milhões de cabeças registrado em 2016. O levantamento apontou crescimento pelo terceiro ano consecutivo e alcançou o número recorde da série histórica do IBGE.

Entre os motivos do crescimento estão a retenção de fêmeas para produção de bezerros em 2020 e 2021, além da queda no abate de bovinos, devido à falta de animais prontos para o corte.

O estado do Mato Grosso segue líder na criação de gado com 32,4 milhões de cabeças, o que equivale a 14,4% do rebanho nacional. Em seguida vem Goiás (10,8%). Os maiores aumentos absolutos no efetivo ocorreram nos estados da Bahia (2 milhões de animais), do Pará (1,5 milhão) e de Tocantins (1 milhão).

O maior aumento percentual foi no Nordeste (9,5%), quarto maior rebanho regional, que chegou a 13,9% do total nacional. Enquanto isso, o Sul, detentor do menor efetivo regional (10,5%), foi a única região que apresentou queda, de 1,8%, comportamento de diminuição de rebanho que vem sendo observado desde 2017. (Fonte: IBGE).

EXPORTAÇÕES: A CARNE BOVINA NO MUNDO

Em relação às exportações, de janeiro a junho de 2022 os embarques de carne bovina in natura totalizaram 932,34 mil toneladas, 26,71% acima do volume escoado no mesmo período do ano passado e 19,93% superior ao até então recorde para um primeiro semestre, registrado em 2020, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Em receita, as vendas somaram R$ 28,4 bilhões na primeira metade deste ano, registrando aumento de 50,5% frente ao mesmo período do ano anterior.

Além destes números impressionantes, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as importações chinesas de carne bovina devem bater novo recorde este ano, da ordem de 3,1 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 2,5% em relação ao ano anterior; o que representa oportunidade de o Brasil ganhar novos mercados.

MERCADO NACIONAL

Em 2019 o PIB do Brasil foi de R$ 7,3 trilhões, um crescimento nominal de 6,8% em relação ao ano anterior. Parte desse crescimento se deve ao PIB da Pecuária, que no mesmo período registrou um leve crescimento, passando de 8,3% para 8,5% do total do PIB, evidenciando a força do setor na economia brasileira. 

O PIB da Pecuária de Corte cresceu 7,6% em 2019, somando R$ 618,50 bilhões! Para ter uma noção de toda a cadeia, em valores, movimento do agronegócio da pecuária de corte em 2019 foi de R$ 618,50 bilhões, 3,5% acima dos R$ 597,22 bilhões registrados em 2018.

Com um rebanho de 213,68 milhões de cabeças, a pecuária brasileira registrou em 2019 um abate de 43,3 milhões de cabeças, queda de 2,1% ante as 44,23 milhões de cabeças abatidas em 2018.

CONSUMO DE CARNE BOVINA

A população brasileira é o terceiro maior consumidor de carne bovina no mundo!

Mesmo com preços em alta de 22% em um ano o consumo do produto pelos brasileiros ficou atrás apenas da Argentina e EUA. (FONTE: Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE entre os 38 países membros)

O consumo de carne no Brasil é de 24,6kg per capita num período de um ano. Ficando abaixo apenas da Argentina (36,9 kg per capta) e dos Estados Unidos (26,1kg per capta).

Em termos comparativos, o consumo de carne OVINA no Brasil é de menos de 1kg per capita ao ano, leia mais sobre o Mercado da Carne Ovina no Brasil

De acordo com a OCDE, nos últimos 50 anos o consumo de carne aumentou mais de cinco vezes. E segundo a projeção realizada pelo estudo, a expectativa é que na média o consumo de carne aumente ano após ano, atingindo a marca de 43,7 kg/capita em 2030. Foram considerados 2 tipos de proteínas: carne bovina e vitelo.

QUALIDADE DA CARNE BOVINA

O Brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina no mundo, resultado de décadas de investimento em tecnologia que elevou não só a produtividade como também a qualidade do produto brasileiro, fazendo com que ele se tornasse competitivo e chegasse ao mercado de mais de 150 países.

Em 2015 o país se posicionou com o maior rebanho (209 milhões de cabeças), o segundo maior consumidor (38,6 kg/habitante/ano) e o segundo maior exportador (1,9 milhões toneladas) de carne bovina do mundo, tendo abatido mais de 39 milhões de cabeças. 80% da carne bovina consumida pelos brasileiros é produzida no próprio país – o parque industrial para processamento tem capacidade de abate de quase 200 mil bovinos por dia.

A exportação de carne bovina já representa 3% das exportações brasileiras e um faturamento de 6 bilhões de reais. Representa 6% do Produto Interno Bruto (PIB) ou 30% do PIB do Agronegócio, com um movimento superior a 400 bilhões de reais, que aumentou em quase 45% nos últimos 5 anos.

TECNOLOGIA NA BOVINOCULTURA

De 2006 para 2017, houve a saída de mais de 1,6 milhões de trabalhadores do campo e redução de mais de 100 mil propriedades agropecuárias. Fruto da injeção de tecnologia, a atividade segue em expansão, tanto territorial quanto econômica.

A inovação digital será uma das duas maiores forças disruptivas para o mercado nas próximas duas décadas e servirá de força catalisadora no processo de transformação da cadeia, injetando gestão e inteligência na atividade. Esta aproximará o elo produtor do consumidor e terá papel central na certificação, rastreabilidade e qualidade do produto carne.

Fato é que aquela fazenda que não encarar a tecnologia como uma aliada para alcançar a máxima eficiência produtiva, terá desafios enormes pela frente.

A bovinocultura de corte tem evoluído constantemente na busca da produção sustentável e que possa gerar cada vez mais renda ao Brasil, juntamente com a profissionalização da cadeia que permitirá a aplicação das tecnologias em todos os setores envolvidos.

Do outro lado tem o mercado consumidor que tem como tendência o aumento nas exigências de bem estar animal e controle da rastreabilidade do produto consumido. Isso traz agilidade, segurança e profissionalismo para toda a cadeia. E isso vem se tornando uma realidade cada vez mais próxima e inevitável para quem faz parte da bovinocultura de corte.

Produzir um produto de qualidade, em larga escala e com transparência; é o próximo desafio da bovinocultura.

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