seleção de matrizes

É óbvio para você que, a melhora dos índices produtivos é consequência de seleção das melhores matrizes, correto? Se sim, ótimo! Porque o óbvio sempre precisa ser dito. Sendo assim, já estamos alinhados para o assunto deste conteúdo que vai fazer você olhar de maneira diferente para este manejo de seleção.

Sei que você veio aqui buscar informações sobre ovinocultura, mas quero fazer uma analogia com o futebol para explicar melhor sobre o tema abordado. O treinador da seleção brasileira tem a missão de formar o melhor time a partir de um grupo de jogadores, em busca do melhor resultado. Como ele faz esta escolha?

Certamente ele avalia o desempenho de cada jogador ao longo do tempo e convoca aqueles que tem os melhores resultados, dentro das características que o treinador julga importante existir no time que tem como objetivo ser campeão. No seu rebanho, a metodologia geral deve ser a mesma, ou seja, avaliar seu rebanho continuamente e manter aquelas que realmente trazem o resultado que o projeto precisa para se viabilizar financeiramente.

Sabendo disso, fica claro que o principal responsável por conseguir viabilizar essa seleção eficiente é você, ovinocultor. Saiba que é um processo simples, que vai se ajustando com o passar do tempo e trazendo cada vez mais segurança e confiança de que os bons resultados se mantenham presentes em todo o sistema de produção.

O descarte de matrizes precisa ser um manejo definido com antecedência para que seja realmente eficiente, indicando aquelas que produtivamente falando, não respondem ao projetado. Para este processo se tornar possível, é importante definir estrategicamente as principais metas do projeto e garantir que as condições nutricionais, sanitárias e de bem estar animal sejam atendidas em todos as fases do ciclo de produção.

Veja abaixo este esquema que mostra onde a seleção de matrizes consegue ser a mais eficiente, como é formada a sua base.


FIGURA 1: PIRÂMIDE DA SELEÇÃO EFICIENTE DOS ANIMAIS

A rotina, ou a frequência de manejos é a base principal que sustenta todo o processo de seleção porque o objetivo não é apenas coletar informações dos animais, mas sim ter certeza de que os dados correspondem a realidade. E essa frequência entrega maior confiabilidade nos dados porque tira as incertezas e minimiza as variações pontuais. 

DICA DO PROFISISONAL: Comece criando rotinas simples e possíveis de serem executadas pela equipe, como por exemplo, registro dos partos (data nascimento, número da mãe, número do cordeiro e peso ao nascimento).

Os pilares nutrição e sanidade são interligados porque não existe rebanho bem nutrido doente e nem rebanho magro saudável. O mais importante é que a eficiência de ambos seja comprovada através de informações coletadas a campo, como o escore de condição corporal (E.C.C.) e o FAMACHA.

DICA DO PROFISSIONAL: Rotinas quinzenais são ideais para se ter um manejo eficiente do controle da nutrição e sanidade; além de gerar informações importantes na hora de selecionar os melhores animais. 

Quem “amarra” a nutrição e a sanidade é a bem estar animal porque ele pode limitar o desempenho do plantel, mesmo que as condições anteriores sejam garantidas. O máximo desempenho vem da somatória destes três pilares citados acima.

Coleta e Análise de Dados

Na sequência tem o pilar chamado de dados, que não tem nada a ver com jogo de tabuleiro, mas sim informações valiosas que o rebanho nos passa diariamente e também aquelas que conseguimos extrair através da rotina e análises individuais. A partir do acúmulo de dados toda a história do plantel fica registrada e isso permite que erros anteriores não se repitam e tragam evolução, de fato, ao projeto.

E como premiação pelo trabalho bem feito, é o momento de realizar a seleção dos melhores animais! A palavra é essa mesmo, premiação, porque permite evoluir seu plantel de maneira significativa e fazer com que todos os investimentos tenham o devido retorno.

DICA DO PROFISSIONAL: Escolha mais de um índice zootécnico como critério de seleção! Trabalhar com apenas uma variável é uma prática arriscada porque pode fazer com que matrizes que são produtivas e entregam lucro, sejam retiradas do plantel. É necessário ter o principal índice a ser avaliado e também incluir outros que fazem parte do sistema de produção e indiquem a qualidade real do animal.

Esta dica acima merece uma atenção especial e para isso vamos voltar à seleção brasileira. Suponha que tem dois atacantes disponíveis para apenas 1 vaga e a característica deles é: o atleta A marcou 10 gols em 10 jogos e o atleta B marcou 8 gols em 10 jogos. Se olharmos apenas essa informação, é óbvio que o jogador A é o mais indicado a vaga de atacante. Porém, se incluirmos que:

INFORMAÇÕESJOGADOR AJOGADOR B
JOGOS1010
GOL – BOLA ROLANDO08
GOL – PÊNALTI102
GOL – FALTA02
ASSISTÊNCIAS25

E agora, com as informações acima quem você convocaria?

Se depois deste conteúdo você ainda não se convenceu de que a seleção de matrizes por produtividade é a melhor ferramenta para alavancar sua produtividade, na sequência trago outro com um exemplo prático de como é possível realizar essa seleção de maneira simples e eficiente!

Bora pra cima! Abraço!

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